O Instituto Butantan revelou que a vacina CoronaVac possui 50,38% de eficácia global em testes realizados no Brasil.
A informação de que o percentual seria abaixo de 60% havia sido divulgada antes do anúncio.
Como aponta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os imunizantes precisam de pelo menos 50% de eficácia para receberem aprovação.
Mesmo com um nível de eficácia geral abaixo de 60%, o imunizante criará anticorpos contra o novo coronavírus nos indivíduos, reduzindo os sintomas de possíveis infectados — que poderão ser tratados com medicações leves.
O pedido para o uso emergencial da CoronaVac foi feito à Anvisa desde a última sexta-feira (8). A partir da data, a agência tem dez dias para analisar os estudos do Instituto Butantan e a segurança da eficácia do imunizante para decidir se permite ou não a vacinação.
O governo de São Paulo e o próprio Instituto Butantan têm pressionado a Anvisa para agilizar as análises e, consequentemente, a aprovação da CoronaVac.
Com o aval da Anvisa, a expectativa do governo federal para o início da vacinação fica para 20 de janeiro, enquanto o governo paulista espera começar a imunização em massa no Estado a partir do dia 25 do mesmo mês.
Profissionais de saúde, quilombolas, indígenas e idosos terão prioridade para a vacina e cerca de 100 milhões de doses deverão ser entregues ao SUS (Sistema Único de Saúde) e distribuídas aos estados.
Eficácia geral da CoronaVac e celeridade
Na segunda-feira (11), Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan reforçou a eficácia do CoronaVac de “78% para casos leves da doença e 100% para casos graves e moderados”.
Covas também demonstrou pressa para a administração das doses da CoronaVac. “O que não podemos ficar confortáveis é com seis milhões de doses nas prateleiras e elas não serem usadas”, afirmou.
Além disso, o diretor do Instituto Butantan criticou as “indas e vindas” do governo federal — que atrasaram a decisão sobre uma data para o início do Programa Nacional de Imunização (PNI) — e criticou o movimento antivacina
“Em uma população menos instruída, [o movimento antivacina] poderia ser admissível, mas isso acontecer patrocinado pelas mais altas autoridades, isso é preocupante e decepcionante”, afirmou Covas.
Fonte: OLHAR DIGITAL
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