Angina é um sintoma, geralmente associado a um desconforto precordial (dor torácica), provocado por isquemia miocárdica. Ela decorre de um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio do miocárdio. De longe, a causa mais comum dela é uma placa aterosclerótica obstruindo o fluxo sanguíneo de uma artéria coronária que irriga o miocárdio. A falta de oxigênio no músculo cardíaco causada pela angina é temporária, não resultando em danos permanentes no coração. Entretanto, pelo fato dela estreitar as artérias que levam sangue ao músculo, pode aumentar o risco de um infarto.
O Dr. Marco Wainstein, coordenador médico da Angiografia, explica a diferença entre os dois: “angina, conforme exposto anteriormente, é um sintoma geralmente passageiro e com duração de alguns minutos. O ataque cardíaco é um infarto do miocárdio. No infarto do miocárdio, ocorre uma instabilização da placa aterosclerótica coronariana levando a formação de um trombo (coágulo) sobreposto a essa placa que, por sua vez, leva a uma interrupção total do fluxo sanguíneo miocárdico. No infarto, a dor precordial costuma sem bem mais intensa e prolongada do que na angina”.
Os diferentes tipos de angina:
Angina estável: normalmente acontece decorrente de um grande esforço físico, mas desaparece após descanso e medicação.
Angina instável: pode ocorrer durante um momento de repouso ou de menor atividade, sendo esse mais preocupante, podendo levar ao infarto.
Angina variante (angina de Prinzmetal): ocorre quando a artéria coronária se contrai de repente. O espasmo reduz o fluxo sanguíneo para o coração, podendo acontecer com mais frequência à noite, no início da manhã ou sempre em uma mesma hora do dia.
O diagnóstico inicialmente é clínico, baseado nos sintomas e fatores de risco apresentados pelo paciente. Em seguida, alguns exames são utilizados para pesquisar e confirmar a doença.
A angina pode ser prevenção através da detecção precoce e eventual tratamento dos fatores de risco modificáveis, por isso é importante procurar um especialista em caso de sintomas da doença.
Entre os fatores de risco estão o tabagismo, a hipertensão arterial, o diabetes, a dislipidemia (elevação do colesterol),o sedentarismo e o história familiar. Atualmente, existem três maneiras de tratar a Angina: por intermédio de remédios, sob prescrição médica; por desobstrução do estreitamento da coronária, através da angioplastia coronária com balão e implante de stent (prótese metálica) farmacológico; em últimos casos, pode ser tratada pela cirurgia de revascularização miocárdica (pontes de safena).
Fonte: Hospital de Moinhos
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