SÃO PAULO - Estudo clínico de fase 1 publicado nesta quinta-feira, 21, na revista científica The Lancet Infectious Diseases mostrou que a Covaxin, vacina indiana contra a covid-19 produzida pela empresa Bharat Biotech, foi capaz de provocar resposta imune nos voluntários e não provocou reações adversas graves.
© Divulgação/Bharat Biotech Vacina indiana recebeu autorização de uso emergencial no domingo, 3, um dia após órgão regulador solicitar mais dados dos estudos clínicos.
Nesta primeira etapa de testes em humanos, participaram 375 voluntários, dos quais 300 foram vacinados e outros 75 receberam placebo. O grupo que tomou o imunizante, por sua vez, foi dividido em três subgrupos, com diferentes dosagens do produto. Todos receberam duas doses da vacina, com intervalo de 14 dias entre elas.
A taxa de soroconversão - percentual de pessoas que produziram anticorpos contra o vírus - foi alta nos três subgrupos vacinados, variando de 82,8% a 91,9%, de acordo com os cientistas. O sucesso na resposta imune não significa garantia de eficácia, que deverá ser medida na fase 3 dos estudos. Essa última etapa de testes já teve início na Índia.
No artigo com os resultados de fase 1, os autores destacam ainda que a Covaxin se mostrou "tolerável" do ponto de vista da segurança, sem registro de eventos adversos graves entre os participantes da pesquisa.
A maioria das reações apresentadas foi leve ou moderada. As mais comuns foram dor no local da aplicação (5%), dor de cabeça (3%), fadiga (3%), febre (2%) e náusea e vômito (2%). Somente um evento adverso grave (pneumonia viral) foi registrado entre os voluntários, mas ele não teve relação com a vacina.
Fonte: Microsoft News
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