A fratura do escafóide é a lesão mais frequente nos ossos do carpo. Dependendo do tipo de fratura, as intervenções variam desde o tratamento conservador, através de tala, a cirurgia aberta com fixação interna.
Em qualquer dos casos, os pacientes são comumente imobilizados com gesso até a união do osso se verificar, o que pode levar até 4 meses.
A fisioterapia não vai tratar a fratura, mas as complicações da imobilização a longo prazo que acompanham o diagnóstico. A amplitude de movimento é severamente afetada quando uma articulação permanece imobilizada durante um longo período de tempo e a atrofia dos músculos da mão e do antebraço também ocorrerá.
Por esta razão, a reabilitação pode levar vários meses (entre 10 e 18 sessões de fisioterapia no caso do tratamento conservador e entre 20 e 70 no caso do tratamento cirúrgico). De seguida apresenta-se o protocolo publicado pela Kaiser Permanente Southern California Orthopedic PT Residency tanto para reabilitação de tratamento conservador como para reabilitação pósoperatória de fraturas do escafóide:
Reabilitação após tratamento conservador
Fase aguda: Imediatamente após a lesão até à 2ªsemana
Objetivos: proteção com tala até ao antebraço, controlo da dor e do edema ; manutenção da amplitude das articulações não envolvidas ( dedos, cotovelo, ombro); atividades básicas da vida diária (AVD) Mobilização passiva e activa dos dedos, com exceção do polegar, que está imobilizado Mobilização ativo-assistida e ativa do cotovelo e ombro Na 2ª semana o seu médico pode repetir o raio-x, ou escolher uma TC em caso de dor contínua e sensibilidade sobre a tabaqueira anatómica com raios-x negativos.
Fase sub-aguda: Semana 3-6
Objetivos: proteção, continuar a controlar a dor e edema, conforme necessário; aumentar a amplitude de movimento (ADM); incorporar as atividades da vida diária (AVD) continuar com os exercícios.
Limitar os exercícios para ganho de supinação e pronação ao limiar de dor.
Fase de manutenção: Semana 7-12 Objetivos: ganho de ADM; iniciar o programa de fortalecimento; regresso a todas as atividades (exceção para desportos de contato e trabalho pesado) remover totalmente a tala entre as 6-8 semanas, se a fratura aparecer radiograficamente e clinicamente consolidada.
Pode usar punho elástico para proteção mobilização ativa assistida suave do punho e polegar avançar conforme tolerado para exercícios resistidos progressivos em todas as articulações envolvidas para intervenção em trabalhadores ou atletas, que envolvam alto desempenho pode abordar-se o uso de tala ou ligadura funcional no retorno à atividade.
Exemplos de exercícios que podem ser realizados:
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