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Foto do escritorDr. Herberton Araújo - Fisioterapeuta

Fratura da Tíbia

As fraturas da diáfise tibial são as mais freqüentes dentre as dos ossos longos. Os estudos até hoje publica-dos sobre seu tratamento envolvem múltiplas formas e maneiras, no decorrer dos últimos 50 anos.



As fraturas da tíbia são as mais freqüentes entre as dos ossos longos; cerca de 300.000 anualmente nos EUA(1) e provavelmente em torno de 50.000 no Brasil. A freqüência e a complexidade destas fraturas as tornam muito importantes para os traumatologistas. As tentativas de separar o tratamento do trauma ósseo do tratamento das partes moles geralmente levam a sérias dificuldades e resultados ruins.


O complexo destas fraturas engloba desde as chamadas fraturas por estresse (fratura por fadiga), que são primordialmente falhas ósseas, passando pelas fraturas sem desvios e estáveis, causadas por traumas de baixa energia, até os traumatismos de alta energia que resultam em perda da continuidade dos tecidos moles, insuficiência vascular, disfunção neurológica e perda de tecido ósseo.


Quando o dano a estes diferentes grupos de tecidos é suficientemente grande, a viabilidade do membro poderá estar comprometida, resultando em amputação.


As classificações das fraturas diafisárias da tíbia vão desde as mais simples até as mas complexas com vários graus e módulos; quanto mais complexas, com gradações específicas e elaboradas, maiores as possibilidades de falta de uniformidade, quando avaliadas por vários especialistas. Exemplo típico aconteceu em 1992, quando durante o Congresso da Orthopedic Trauma Association(5) os especialistas presentes foram convidados a classificar 12 fraturas expostas, usando a classificação de Gustilo e Anderson. Após a apresentação da história clínica, radiografias, videoteipes da cirurgia de desbridamento, apenas 60% dos casos foram classificados uniformemente!!!


A maioria das classificações, hoje em uso rotineiro, inclui algum tipo de gradação do dano ósseo, dano às partes moles e a sua localização. Qualquer classificação será útil apenas quando alertar o ortopedista dos perigos potenciais ou ajudar na determinação do tratamento mais apropriado para cada caso.


Os dados morfológicos mais importantes na classificação das fraturas da tíbia são: a) localização anatômica; b) padrão ou padrões dos traços da fratura; c) associação com lesão da fíbula; d) posição e número dos fragmentos; e e) descrição do dano às partes moles.


A classificação da AO, assim como a proposta pela Orthopaedic Trauma Association(6), se baseia nas classificações propostas por Tscherne(7) e na de Gustilo e Ander-son(8). Utilizam sistemas alfanuméricos com localização anatômica (proximal, média e distal), configuração (simples, asa de borboleta e cominutiva) e a lesão das partes moles. Uma subclassificação(9) descreve a presença e ex-tensão da cominuição, a qual se relaciona com a absorção da energia do trauma como indicação de sua gravidade.


veja no youtube: https://youtu.be/4v6RmSuJvtw


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