As fraturas do planalto tibial não são tão raras quanto se pensa. Elas acontecem mais comumente em pessoas de 21 a 40 anos, seguidas pelos idosos. Geralmente estão ligadas a acidentes de carro, lesões esportivas e quedas, representando cerca de 8% de todas as fraturas.
Imagem google.
Fratura do Planalto Tibial
Essas fraturas representam um perigo para o funcionamento normal do joelho. Elas ocorrem quando o joelho é submetido a forças de compressão, às vezes com torções para dentro ou para fora. A forma da fratura depende de muitos fatores, como a força aplicada, a posição do joelho no momento do impacto e a saúde dos ossos. Em pessoas mais jovens, as fraturas tendem a ser maiores e em forma de cunha, devido à energia do impacto. Já em idosos, é mais comum encontrar fraturas por compressão, geralmente causadas por impactos menos intensos. Se não tratadas adequadamente, essas fraturas podem levar a problemas articulares crônicos.
A simplicidade e a capacidade de prever o resultado são fundamentais para validar um sistema de classificação. Os dois métodos mais comuns para classificar as fraturas do planalto tibial são o de Schatzker e o do Grupo AO. O sistema de Schatzker divide as fraturas em seis grupos, distinguindo entre cisalhamento puro, depressão pura e uma combinação dos dois. Ele também prevê diferentes resultados entre fraturas isoladas no lado externo e no lado interno do joelho. Os grupos I, II e III são fraturas puras, geralmente causadas por impactos de baixa energia. Já os grupos IV, V e VI são fraturas-luxação mais graves, que envolvem danos significativos nos tecidos moles. A principal vantagem da classificação de Schatzker é sua simplicidade.
Tratamento da Fratura do Planalto Tibial
Fraturas de baixa energia, que não estão deslocadas ou são incompletas, podem ser tratadas com medidas clínicas simples, como alívio da dor e reabilitação funcional. Se houver inchaço significativo na articulação, é recomendada uma punção para aliviar a dor e acelerar a cicatrização. Depois disso, o joelho é imobilizado com um tutor longo articulado, permitindo movimentos controlados. Em casos de instabilidade mais grave, o joelho pode ser mantido esticado por até três semanas, com ajustes no tutor para aumentar gradualmente a flexão conforme a fratura se consolida. O suporte de peso deve ser iniciado de forma gradual assim que os primeiros sinais de consolidação óssea forem observados nos exames clínicos e radiológicos.
As razões absolutas para a cirurgia incluem fraturas expostas e aquelas ligadas à síndrome de compartimento ou lesão vascular. Nessas situações, a cirurgia é necessária de forma urgente. Para os demais casos, o momento da cirurgia depende das condições de saúde do paciente, da integridade dos tecidos moles ao redor da fratura e dos recursos disponíveis para o tratamento. Nestes casos, é crucial um planejamento cuidadoso.
Fisioterapia para o Planalto Tibial
Na primeira semana após a alta hospitalar o fisioterapeuta irá trabalhar o controle do quadro de dor e inflamação. A quantidade de peso que pode ser colocada sobre a perna depende do tipo de fixação usada e de quão estável ela é. No entanto, em quase todos os casos, é recomendado inicialmente uma descarga parcial de peso e caminhar com o auxílio de muletas ou andador.
Quanto tempo leva para conseguir dobrar o joelho após cirurgia do planalto tibial?
A rigidez do joelho é uma complicação comum quando os cuidados iniciais de mobilização articular após a cirurgia não são enfatizados nos protocolos de reabilitação. Se, após oito a 10 semanas da cirurgia, o paciente não conseguir flexionar o joelho pelo menos a 90 graus, pode ser necessário realizar uma liberação artroscópica para remover aderências dentro da articulação e manipular o joelho sob anestesia.
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