O pé não sobe após uma fratura na tíbia?
A causa mais comum da síndrome do pé caído é a lesão do nervo fíbular na região do colo da fíbula (joelho), podendo ocorrer devido a luxações, fraturas ou compressão do nervo. Outros fatores contribuintes incluem lesões do nervo ciático após cirurgias no quadril, problemas na coluna vertebral (como hérnias de disco), entre outros.
Além disso, a anestesia espinhal pode desempenhar um papel, principalmente quando há lesão traumática do nervo devido à inserção da agulha ou injeção de anestésico intraneural. Casos de hematoma pós-punção evoluindo para a síndrome do pé caído também foram documentados.
No contexto cirúrgico, a lesão do nervo fíbular é mais comum devido à sua localização superficial e suscetível à compressão na área próxima à cabeça da fíbula.
A disfunção do nervo fibular comum pode surgir por diferentes motivos, frequentemente como resultado de trauma na perna ou no joelho, ou devido a problemas na coluna, como hérnia de disco.
Os Sinais e Sintomas mais comuns são:
Os sintomas clínicos comuns incluem diminuição da força muscular e incapacidade de realizar a dorsiflexão do pé, observados no período pós-operatório imediato.
O Diagnóstico
O diagnóstico é predominantemente clínico e deve ser realizado precocemente. Recomenda-se encaminhar o paciente rapidamente para uma ressonância magnética, visando descartar a presença de hematoma espinhal. A eletroneuromiografia pode ser realizada até três semanas após a cirurgia para distinguir entre lesão neurológica e muscular.
O Tratamento
O tratamento varia conforme a causa subjacente. Caso seja identificado um hematoma espinhal ou epidural, é crucial encaminhar o paciente imediatamente para cirurgia de descompressão, a fim de evitar sequelas permanentes.
Para casos de neuropatia periférica, o tratamento é geralmente conservador, envolvendo o uso de órteses no tornozelo e fisioterapia sob acompanhamento médico regular.
Na lesão do pé caído, a fisioterapia desempenha um papel crucial no processo de recuperação. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a fisioterapia pode atuar nessa condição:
1. Reabilitação Muscular: A fisioterapia inclui exercícios específicos para fortalecer os músculos enfraquecidos do pé, tornozelo e perna, visando restaurar a função muscular perdida devido à lesão do nervo.
2. Melhoria da Mobilidade Articular: Técnicas de fisioterapia são utilizadas para melhorar a mobilidade das articulações do pé, tornozelo e joelho, ajudando a restaurar a amplitude de movimento normal e a funcionalidade.
3. Treinamento da Marcha: Os fisioterapeutas auxiliam os pacientes na aprendizagem de técnicas de marcha adequadas para compensar a fraqueza no pé e tornozelo, promovendo uma marcha mais eficiente e reduzindo o risco de quedas.
4. Estimulação Elétrica: Em alguns casos, a estimulação elétrica pode ser utilizada para ajudar na reativação dos músculos paralisados ou enfraquecidos, auxiliando no processo de reabilitação.
5. Terapia Manual: Técnicas de terapia manual podem ser empregadas para melhorar a mobilidade das articulações afetadas e aliviar a rigidez muscular associada à lesão do pé caído.
6. Educação e Orientação: Os fisioterapeutas fornecem orientações sobre atividades a serem evitadas e sobre o uso de órteses e dispositivos de auxílio, além de oferecerem instruções sobre exercícios e cuidados domiciliares para otimizar a recuperação.
Por meio de um programa de fisioterapia personalizado e progressivo, os pacientes com lesão do pé caído podem recuperar gradualmente a função muscular e a mobilidade, melhorando sua qualidade de vida e capacidade de realizar atividades diárias.
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