No dia em que o coração perde o compasso. Isso pode acontecer por causa de algum tipo de doença.
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Arritmia ventricular é uma variação da arritmia cardíaca, quando acomete os ventrículos, que são as câmaras inferiores do coração. Essa é uma doença que pode ser considerada benigna ou grave, dependendo do caso e da demora para o tratamento. A avaliação do risco será decorrente do diagnóstico do cardiologista.
Nesse artigo, o Dr. Alexander Dal Forno (CRM/SC 13143 RQE 18814/9707), cardiologista da Unicardio, explica mais o que é a arritmia, suas causas e os tratamentos para essa doença.
Como é o funcionamento do coração?
Antes de saber o que é a arritmia, é necessário entender como o coração funciona. O órgão se divide em quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios recebem sangue do corpo e os ventrículos são responsáveis por empurrar o sangue, por meio dos pulmões. Dessa forma, a arritmia ventricular acomete apenas os ventrículos.
Chamamos de extrassístole ventricular os batimentos vindos do ventrículo. Quando três ou mais extrassístoles aparecem sequencialmente e apresentam frequência maior do que 100 batimentos por minuto, surge o quadro de arritmia ventricular.
O que é a arritmia ventricular?
As arritmias cardíacas são alterações no ritmo normal do coração, levando a frequências rápidas, lentas ou irregulares. Essas alterações podem causar sensação de palpitação, fraqueza ou falta de ar.
A arritmia ventricular pode ocorrer em pessoas com o coração saudável ou em pacientes que já possuem alguma cardiopatia estrutural. A doença se divide em:
monomórficas: quando a origem está no mesmo lugar do ventrículo;
polimórficas: quando possuem várias origens;
instáveis: quando a pressão arterial cai demasiadamente, o que aumenta o risco de vida do paciente;
estáveis: quando a pressão arterial não é alterada, assim como o bem-estar mental e a respiração.
Quais as causas da arritmia ventricular?
As arritmias podem ter diversas origens e apenas uma investigação médica poderá especificar suas causas. O Dr. Alexander enumera os casos mais comuns: “existem os casos de nascença, como por exemplo a Síndrome de Wolff-Parkinson-White, que o paciente pode apresentar os sintomas a partir dos 2 anos de idade”. explica.
Uma segunda possibilidade tem relação com a idade e outras doenças: “existem outros tipos de arritmia que vão aumentando o risco de surgimento com o envelhecimento, com o desgaste do coração e de outros órgãos, ele fica mais suscetível ao aparecimento da arritmia, caso típico da arritmia de fibrilação atrial, que atinge idosos, diabéticos e hipertensos, por exemplo.”
Um caso mais grave está associado aos pacientes que já tiverem alguma doença cardíaca: “Há ainda o caso das pessoas que têm o coração doente, que já passaram por um infarto, por exemplo, ou seja, que estão com o coração enfraquecido, essas têm mais risco de desenvolverem arritmias graves, com potencial risco de vida. Nesse caso, precisamos nos preocupar não apenas em tratar os sintomas da arritmia, as palpitações, como prevenir que esse paciente perca sua vida”, alerta o especialista.
Qual o tratamento para arritmia ventricular?
O Dr. Alexander orienta que nem toda sensação de arritmia necessita, obrigatoriamente de tratamento. “Se a arritmia for muito esporádica, ou muito benigna, ela não precisa de tratamento, a não ser um acompanhamento clínico para verificar se ela vai continuar na mesma quantidade ou sintomas ou se haverá uma piora”, explica.
O cardiologista acrescenta que “uma vez decidido que a arritmia precisa de tratamento, é possível tratar de duas maneiras: ou usamos uma medicação que vai suprimir a arritmia, durante o uso da medicação ou podemos utilizar um procedimento chamado de ablação, que é uma cauterização desse foco de arritmia”. Esse procedimento é realizado quando a sensação da arritmia é muito intensa, prejudicando o paciente ou representando um risco de vida.
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