A fratura do escafóide é a segunda fratura mais comum do punho e a mais comum dos ossos do carpo.
Antes de falarmos sobre o tempo que leva para o osso do escafóide colar, vamos ver algumas de suas características.
Temos que saber que o escafóide é um elo estabilizador entre as fileiras proximal e distal dos ossos do carpo.
O escafóide flexiona-se durante a flexão do punho e no desvio radial ; estende-se na extensão do punho e no desvio ulnar.
É o principal pilar de suporte ósseo do carpo pois liga a fileira proximal á distal
O escafóide repousa a 45º com o eixo longitudinal do punho
A vascularização do escafóide consiste de um feixe volar que penetra no tubérculo (irrigando 30% da parte distal) e um feixe dorsal que penetra no colo (irriga 80% da porção proximal). O restante da vascularização é feita por um único vaso intra-ósseo.
Fx de escafóide demanda longo acompanhamento.
Mecanismo de trauma para fratura do escafóide
O escafóide fratura-se ao sofrer compressão contra o rádio, estando a parte proximal estabilizada entre o rádio, e o capitato e a parte distal desvia-se (flexiona-se), pois não tem suporte. Ocorrem mais em pacientes jovens vítimas de queda, lesão no esporte ou acidente automobilístico. São incomuns em crianças, pois a fise do radio distal falha primeiro (mais fraca). assim como no idoso, a metáfise radial que encotra-se osteopênica.
Quadro clínico pós fratura do escafóide
Dor a palpação na tabaqueira anatômica, na tuberosidade do escafóide (face palmar) ou no pólo proximal (distal ao tubérculo de lister);
Dor nos extremos de movimentação;
Tumefação e equimose só está presente nos casos de fratura – luxação
Tratamento da fratura do escafóide e o tempo de consolidação
O tratamento das fraturas do escafóide varia com a localização e o traço da fratura. As fraturas do pólo proximal: taxa mais lenta de consolidação devido a interrupção do suprimento sanguíneo, que é proveniente de ramo da artéria radial e entra distal e dorsal no osso (responsável por 100% do suprimento do pólo proximal). Desvio = desnível de 1 mm ou angulação semilunar-capitato de 15° no AP ou 45° de angulação escafossemilunar no Perfil. Pior prognóstico: desvio ou angulação, diagnóstico tardio, fratura proximal, traço oblíquo. Tratamento cirúrgico da fratura do escafóide tem como indicação:
1 – falha do tratamento conservador; 2 – fratura desviada ou instável; 3 – falta de união estabelecida. – Herbert e Fisher: há falha do tratamento conservador em 50% dos casos. – Langhoff: união retardada: 4 a 6 meses; falta de união: mais de 4 a 6 meses.
– Jupiter: falta de união resulta em desalinhamento do punho e artrite se for deixada sem tratamento por mais de 5 a 10 anos.
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